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Indígena é morto a tiros em aldeia pataxó de Porto Seguro

Foto: Divulgação

Um indígena da etnia pataxó foi morto a tiros na Aldeia Novos Guerreiros, na região de Porto Seguro. O crime aconteceu na tarde desse sábado (23). Iris Braz dos Santos, 44 anos, foi atingido por tiros dentro de casa. Ele chegou a ser socorrido o Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães, onde recebeu atendimento médico. Iris não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada deste domingo (24). Nas redes sociais, a liderança indígena Thyara Pataxó, da Aldeia Novos Guerreiros, lamentou o crime. “Em menos de dois meses do assassinato de Victor Bráz aqui na minha Aldeia, hj o tio dele será enterrado ao lado dele. Iris Braz, estava em sua casa trabalhando quando foi alvejado por 3 tiros. Ele foi socorrido, mas infelizmente faleceu após passar por uma cirurgia. Luto Pataxó!”, escreveu no twitter.  O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Porto Seguro. Ainda não há informações sobre a autoria e motivação do crime. Iris é tio do jovem Vítor Braz de Souza, 22 anos, morto a tiros no mês passado, ao reclamar de uma festa que acontecia na área da aldeia.

Após um dia inteiro de trabalho em uma barraca de praia, Vitor chegou em casa por volta das 23h e ouviu da esposa a dificuldade da criança em dormir por conta do volume do som de uma festa – feita por não indígenas – que acontecia dentro do território. A primeira ação de Vitor foi reclamar em um grupo de WhatsApp formado por outros indígenas e lideranças.

Em seguida, dado o nível do incômodo, o jovem decidiu ir até o local, onde fora recebido com hostilidade e atingido pelas costas após um convidado do evento disparar contra ele. O desfecho trágico deixou a comunidade completamente abalada.

“A comunidade inteira, todo mundo muito abalado pelo que aconteceu. A gente não imaginou que chegaria a essa situação. Um segurança da festa estava revistando todo mundo e um cara simplesmente pegar uma arma e se achar no direito de tirar a vida de outra pessoa quando essa pessoa está reivindicando o direito dela”, contou a liderança indígena Thyara Pataxó, da Aldeia Novos Guerreiros


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