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Artigo: Síndrome do Pânico: um mal silencioso.

Jaqueline Queiroz é Psicóloga

Há aproximadamente um mês o padre Fábio de Melo declarou nas redes sociais que há dois anos foi diagnosticado com a Síndrome do Pânico. Mas o que é essa doença? A síndrome do pânico é recorrente de uma imensa carga de adrenalina produzida pelo organismo chegando até o sistema nervoso central, ou seja, uma desordem de ansiedade, causando no sujeito sintomas físicos, a exemplo de sensação medo agudo, sensação que vai enlouquecer, aperto no peito, formigamento nos braços, palpitação, sensação de insegurança e um terrível mal-estar.

As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, mas a ciência ressalta alguns fatores como a genética, estresse diário, temperamento forte e suscetível ao estresse, mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.

Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 18 milhões de brasileiros sofrem diariamente com algum tipo de transtorno de ansiedade, o que leva ao desencadeamento de diferentes tipos de doenças entre estas está a Síndrome do Pânico. Na maioria dos casos, as crises duram de cinco a trinta minutos dependendo de cada pessoa. Em casos mais graves apresentam  sintomas como dor de cabeça, falta de ar, tontura e ânsia de vômito.

É importante ressaltar que nos momentos da crise a pessoa necessita de apoio e compreensão daqueles que estão a sua volta até estabilizar a adrenalina e o sujeito recuperar a consciência, sempre transmitindo ao paciente confiança e segurança. Existem casos que é necessário levar a pessoa em crise até uma unidade de saúde mais próxima e lá receber os cuidados devidos.

Não dá para ignorar o que está sentido. Procurar ajuda de um profissional habilitado é importante para o tratamento da Síndrome do Pânico como de qualquer outra doença de ordem psicológica. Como já foi explicado em outro artigo, tratar os sintomas apenas por meios farmacológicos não traz ao sujeito garantias de melhoras. As medicações muitas vezes são necessárias, porém não são suficientes para que o sujeito volte a ter uma vida saudável e ativa novamente. Será no processo psicoterapêutico que a pessoa irá encontrar formas para aprender a lidar e a identificar os momentos de crises. O autoconhecimento é a melhor via para uma vida saudável e feliz. Não espere a situação sair do controle para procurar ajuda.


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