Uma vaca nelore nascida em Goiás entrou para a história por conta de uma característica: seu preço. A Viatina-19 FIV Mara Móveis foi avaliada em R$ 21 milhões e entrou para o Guinness World Records como a fêmea bovina mais cara do mundo.
Viatina-19 ganhou o título em julho de 2023, após avaliada em R$ 21 milhões e vendida. O lance milionário é de criadores da Casa Branca Agropastoril, Agropecuária Napemo e Nelore HRO. Eles compraram um terço do animal, por cerca de R$ 7 milhões.
A vaca tem pouco mais de 5 anos de idade e nasceu em Nova Iguaçu de Goiás, no norte goiano. Em nota publicada no site oficial em fevereiro deste ano, o Guinness World Records informou que foi o maior valor registrado para esse tipo de venda. Segundo a plataforma, o preço é baseado na genética da Viatina-19, considerada de alta qualidade.
O g1 buscou entender o que faz com que o animal seja considerado tão valioso. Segundo o primeiro proprietário da vaca, a chamada Viatina-19 FIV Mara Móveis “já era especial desde o nascimento”, devido a sua genética.
“Desde que ela nasceu percebemos que era um animal diferenciado, acima da média das outras bezerras nascidas naquela época”, disse Silvestre Coelho Filho.
Especialista em reprodução bovina, o médico veterinário João Carneiro contou detalhes sobre os aspectos genéticos da Viatina-19 que a tornam tão valiosa.
“A sua avó era uma barriga de ouro e aí veio. Produziu a mãe e a Viatina 19. É um animal diferenciado”, explicou.
Compradores
Fabiana Marques Borrelli, diretora da Casa Branca Agropastoril, explicou que o animal simboliza o padrão de qualidade superior que buscam e “sua valorização e reconhecimento no Guiness são provas de que o investimento em excelência genética proporciona retorno, seja em produtos diferenciados, em retorno financeiro e em imagem”.
Em nota à imprensa, Fabiana detalhou ainda que o reconhecimento mundial da Viatina-19 eleva o prestígio da pecuária brasileira e “solidifica seu lugar como um ícone da genética Casa Branca de classe mundial”.
Multiplicação genética
Para garantir a continuidade da descendência do animal, o médico veterinário explica que estão sendo aplicadas técnicas e investimentos de biotecnologia para multiplicação genética dos animais.
“É uma família de Nelore diferenciada e por isso está sendo feito investimento de biotenologia de multiplicação genética com elas”, disse João.
“A gente aspirou algumas parentes, a irmã e a prima da Viatina-19 para multiplicar de maneira intensiva a genética delas, através da fertilização in vitro”, completou. (G1)