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UN entrevista o deputado federal João Leão

Deputado João Leão concedeu prometeu obras (Foto: Ubatã Notícias)
Deputado João Leão  prometeu obras para Ubatã (Foto: Ubatã Notícias)

O Ubatã Notícias entrevistou, no último sábado (22), o deputado federal João Leão (PP), o quarto parlamentar mais bem votado do estado nas últimas eleições, com quase 204 mil votos. Na entrevista, Leão falou sobre as manifestações ocorridas no país, sobre a fama de ser “o homem das obras”, de seu correligionário Paulo Maluf, da gestão Siméia Queiroz (PSB) e muito mais. Confira.

UN – Deputado, a comunidade internacional vê com surpresa as manifestações que tem tomado conta do país. Qual é a sua análise a respeito disso?

JL – Não é só a comunidade internacional, o povo brasileiro também vê com surpresa este movimento. Primeiro pelos índices de aprovação da presidenta Dilma, que são muito superiores ao de Lula quando ocupou a presidência, e de repente surge este movimento. Como e por quê? Ninguém sabe. Qualquer é o maior problema. Primeiro as pessoas dizem que foi as passagens de ônibus, mas aí entrevista uma pessoa e ela diz que o protesto é contra a corrupção, outro diz que é contra a PEC 37, ou seja, cada um tem um problema diferente. Então, é uma questão atípica, mas isso demonstra a insatisfação da sociedade brasileira.

UN – Deputado, enquanto político, cidadão, o senhor é favorável às manifestações?

JL – Totalmente favorável. Agora o que eu sou contra é a depredação. Eu acho que a sociedade tivesse fazendo este movimento sem estes aproveitadores que promovem a depredação, nós teríamos um dos grandes movimentos do mundo, e mostraria que o brasileiro não está satisfeito. Com o quê? Ao que parece, com tudo.

UN – Paulo Maluf é a figura de maior expressão de seu partido, o PP. Este fato não traz desgaste para a imagem da legenda?

JL – Olha, o Maluf é deputado federal de nosso partido e, de fato, a sua imagem está muito desgastada. Agora mesmo ele está saindo da presidência estadual do partido em São Paulo. Na verdade, há uma pressão dos deputados para que ele deixe o partido. Mas é aquela velha história, Maluf diz que não tem culpa, outro diz que tem. Então tem de comprovar. Quando se chega em São Paulo, Maluf foi um deputado que teve 790 mil votos e isso é uma coisa impressionante. Então, temos de sentar e decidir o que faremos com Paulo Maluf.

UN – Deputado, o seu nome chegou a ser cogitado para se o sucessor de Wagner. Como está o andamento disso?

JL – O nosso nome foi cogitado para ser governador, para ser vice-governador e também para senador. São cargos muito dignos e para mim é um prazer ver meu nome citado para todos eles. Hoje você observa as pesquisas e eu sou o terceiro colocado para governador. Então, eu fico feliz. Agora, tem muita água ainda para passar debaixo dessa ponte. Eu acho que nem mesmo o governador sabe ainda quem será o candidato dele ao governo.

UN – Diz a máxima que o poder desgasta. Não estaria Wagner desgastado depois de quase 7 anos de governo e de ter enfrentado duas grandes greves?

JL – O governador Jaques Wagner é um dos maiores políticos do Brasil. Na política Wagner é imbatível. Ele é carinhoso, ele conversa, ele dialoga com todos os segmentos sociais. O desgaste dele é um desgaste natural de governo, mas ultimamente acredito que o governo tem melhorado muito. Eu acho que o desgaste tem diminuído muito. Quando eu vim ser Secretário de Infraestrutura em 2010, os meus amigos diziam para eu não assumir, pois Wagner iria perder a eleição, mas eu disse que não perderia, pois eu estava indo para o governo. E vim e fiz mais de 4 mil quilômetros de estradas. O governador é muito hábil e sabe escolher as pessoas certas e na hora certa.

UN – Deputado, o senhor recebeu a alcunha da imprensa de “pai da FIOL”. Como é que foi isso?

JL – Eu acompanho há muitos anos a vida aqui desta região. O Porto de Campinho foi construído pelo presidente Juscelino Kubicheck em 1954. É um porto graneleiro, que está lá pronto. Mas hoje o porto não consegue receber os grandes navios. Então, precisamos de um porto novo. Partimos para Ilhéus. Então fizemos este projeto, de todo este traçado da FIOL e levei para o presidente Lula, que é um entusiasta e um dos grandes presidentes que o Brasil teve. Ele chamou Dilma e mandou dar início à obra, que é a maior obra do Brasil hoje e a maior da Bahia em todos os tempos.

UN – Deputado, o senhor também é conhecido como o deputado das obras…

JL – Olha, eu sou um trabalhador. Eu sou um deputado que gosta de trabalhar e gosta de construir obras. Então, aqui na região você tem Ibirapitanga, Tancredo Neves, Aurelino Leal, Ubatã agora que já estamos fazendo os projetos. Então é correr atrás e trabalhar. São obras na Bahia inteira. Aqui não região vamos construir agora o cais de Aurelino Leal que vai ficar na história e vamos fazer uma passarela ligando Ubaitaba a Aurelino Leal. Então, tudo isso é uma questão de dedicação.

UN – O senhor transformou Ibirapitanga num verdadeiro canteiros de obras na gestão de Eraldo Assunção. O ex-prefeito era visto como um prefeito de obras, mas tinha um problema: não gostava de pagar…

JL – Eraldo era muito preocupado com a questão do município. Ele não queria deixá-lo inadimplente, pois isso impediria a vinda de obras e recursos. Então muitas vezes Eraldo deixava de pagar a folha de pagamento, o dinheiro não dava para tudo. Então às vezes ele deixava de pagar o funcionalismo para pagar o INSS para não deixar o município inadimplente. Em volume de obras, Ibirapitanga recebeu quase R$ 50 milhões na gestão de Eraldo.

UN –  Deputado, Ubatã está com o nome negativado no Cauc e impedido de firmar convênios. A partir do momento que o município esteja com as certidões negativas de débito, o senhor garante a vinda de obras?

JL – Com certeza. E nós precisamos fazer algumas obras que não precisem das certidões. Podemos trabalhar bem nas áreas de saúde e educação, que são áreas que você não precisa de Cauc. Podemos construir quadras poliesportivas nas escolas, construir creches, construir escolas. Então, precisamos fazer obras dessa natureza enquanto a nossa prefeita consegue as certidões e deixa o município adimplente. Acredito muito na gestão da prefeita Siméia. Vamos trabalhar primeiro na saúde e educação e depois na infraestrutura.

UN – Ubatã tem hoje uma carência muito grande na infraestrutura. Já é possível estimar quantos milhões o município receberá a partir do Cauc limpo?

JL – Olha, depende muito dos projetos. Eu não posso dizer que é tanto aqui, tanto ali e tanto acolá. Vou dar um exemplo: para Valença disponibilizamos este ano 46 milhões para um projeto de urbanização. Então, é questão do projeto. Então, o que é que Ubatã precisa? Precisa de projetos, e é isso que a prefeita está preocupada, mas ela já delegou a uma equipe o andamento das atividades.

UN – Deputado, em sua última visita a Ubatã o senhor visitou diversos locais. Foi feito um mapeamento das principais carências do município?

JL – Com certeza. Enviamos Deraldo e um arquiteto para Ubatã e ambos estão elaborando os projetos. Mas projetos demoram seis meses para serem executados, porém a equipe está trabalhando. Inclusive tive na feira livre de Ubatã e vou cobrar de Deraldo e de nosso engenheiro a conclusão imediata deste projeto.

UN – João Leão, o senhor teve quase 204 mil votos no último pleito e foi o quarto mais bem votado da Bahia. Há expectativa de melhorar ainda mais a votação?

JL – Olha, se você formar uma fila com 204 mil pessoas você de Ubatã a Ilhéus e ainda volta. Isso nos dá um prazer e alegria muito grandes, pois é sinal da confiança que a população da Bahia deposita na gente. Agora é trabalho. Quanto a ter mais votos, na eleição passada eu tive o apoio de 23 prefeitos, hoje eu tenho 53 prefeitos em nossa base. Deus toma conta de mim, pois Ele gosta muito de mim.

UN – Quais serão os principais palanques de João Leão no sul da Bahia?

JL – Nós temos Ubatã, Aurelino Leal, Ubaitaba, Camamu, Maraú, Trancredo Neves e uma série de municípios aqui da região. Quem trabalha Deus ajuda.

UN – Considerações Finais.

JL – Olha, eu fiquei muito impressionada com Ubatã e com o seu povo. Em todo lugar que eu chego, eu chego com essa cara de besta [risos] e pergunto como vai a prefeita, se está trabalhando. Aqui em Ubatã eu vi um índice muito grande de satisfação com o governo. As pessoas estão elogiando e muito o trabalho dela. Peço um pouco de paciência, pois as coisas vão acontecer. Confio muito nessa menina [Siméia]. Um abraço para este povo dessa querida cidade.


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