O UN entrevistou na última quinta-feira o prefeito Jônatas Ventura (PMDB), de Barra do Rocha. O alcaide falou sobre a vinda da Termoelétrica, do Consórcio Intermunicipal Vale Médio Rio das Contas e também sobre os salários atrasados. Vale a pena conferir. Amanhã (28) a entrevista é com o deputado peemedebista Leur Lomanto Jr.
UN – Prefeito, em entrevista a uma emissora de rádio, o senhor afirmou que não apoiaria um candidato a sua sucessão se este fosse do PMDB. Por quê?
JV – Na verdade, tal fato se deve a eu pertencer ao PMDB e já se aproxima o final do meu mandato. Então é mais do que justo que alguém ligado ao meu partido me suceda no executivo municipal. Além disso, estamos falando do maior partido do Brasil, que compõe a base do governo Federal.
UN – Há alguma preferência de Jônatas Ventura por algum dos pré-candidatos?
JV – Não. Na verdade, a minha preferência é que o nome escolhido esteja no coração do povo, que tenha idoneidade, compromisso com o desenvolvimento da cidade e que seja filiado ao PMDB. Não apoiaremos alguém simplesmente por este estar à frente nas pesquisas, é preciso virtudes. Vou entregar a cidade numa situação muito melhor do que encontrei. O próximo gestor receberá o município com recursos para administrar.
UN – Qual o papel de Jônatas Ventura na vinda da Termoelétrica, da SPA e da iminente vinda da Tramontina?
JV – Um papel importante. A Petrobrás indicou um terreno para a construção da Termoelétrica, mas o dono não queria vender. Eu conversei com o proprietário e o sensibilizei acerca da importância do empreendimento. Já a SPA, a sede seria instalada em outro lugar, em Uruçuca. Por meio de um superintendente da ferrovia que é meu amigo há anos, viabilizamos a vinda da SPA, que gera empregos para Barra do Rocha e região.
UN – Qual a importância do Consórcio Intermunicipal Vale do Rio das Contas para a região.
JV – O consórcio tem uma bandeira muito importante que é agregar os municípios da região. Com o fortalecimento do consórcio, é formado um bloco que tem maior visibilidade para fazer reivindicações junto ao governo federal. Hoje temos 20 municípios, quando assumir eram 15. Tenho buscado a união dos municípios e sem dúvida todos aproveitarão a onda de desenvolvimento que a região experimentará.
UN – Uma crítica recorrente a sua gestão diz respeito aos constantes atrasos salariais, inclusive na educação. Como explicar isso?
JV – Tivemos problemas entre o primeiro e segundo mandatos. As dívidas da gestão anterior foram surgindo de forma descontrolada. Muitas dessas dívidas corriam á revelia. Tais dívidas tiveram de ser pagas, pois já estavam em fase de execução. Barra do Rocha tem uma receita pequena. Além disso, o INSS reteve valores elevados da Prefeitura. Estamos em fase de regularização dos salários. A dívida é nos setores de administração e educação. Mas por que Educação, se ela tem verba própria e não há retenção? Porque estávamos com uma muito elevada, pagamos um dos melhores salários da região. O dinheiro encolheu e quem estava ajudando a pagar a folha era o FPM, mas como este também encolheu, não pudemos arcar e houve um colapso. Esperamos que antes do final do ano essa situação tenha sido resolvida.
UN – Obrigado.