O Ubatã Notícias entrevistou, nesta terça-feira (19), a prefeita de Ubatã Cássia Mascarenhas. Na entrevista, a alcaide falou sobre a decisão do desembargador Clésio Rosa que afastou o prefeito Edson Neves, sobre as prioridades de sua gestão e ainda sobre o apoio do seu grupo político nas eleições municipais. Confira.
UN – O Desembargador Clésio Rosa suspendeu nesta segunda-feira os efeitos da liminar que garantia o prefeito Edson Neves no cargo. Como a senhora analisa essa decisão?
CM – A decisão do Desembargador foi sábia em suspender a liminar, devido às irregularidades comprovadas. Não só os ubatenses como todo a região tem sabido das dificuldades que o município têm enfrentado resultante de uma administração desastrosa. Sábia decisão.
UN – Assumiu o município nesta terça-feira. Já é possível ter noção da situação político, administrativa e financeira da cidade?
CM – É muito difícil [conhecer a situação do município], pois o ex-prefeito deu ordem para que os servidores não passassem os órgãos públicos para nós, mas procuramos o juiz de Ipiaú, pois o de Ubatã está de férias, e nesta quarta-feira assumiremos a Prefeitura e todas as secretárias de governo.
UN – Falar nisso, já foram escolhidos alguns nomes para ocupar as Secretarias de Governo e demais cargos comissionados?
CM – Já sim. Temos o Secretário de Finanças e Tesoureiro, Manoel Bonfim, que assumirá as duas pastas. Vamos convidar Itaciara Silva para ocupar a pasta de Educação. A Coordenadora do Hospital Municipal será Marlene Lima e a Diretora Célia Santos. O Chefe de Limpeza será Urânio Andrade, o Chefe da Guarda será Zé de Joeliza. Os demais cargos ainda estamos estudando.
UN – Quais serão as prioridades da gestão Cássia Mascarenhas?
CM – Não vem nem como prioridade, mas como obrigação. O pagamento dos funcionários públicos, o melhoramento da saúde, acertar a educação e regularizar a situação dos imóveis alugados à Prefeitura.
UN – As denúncias apresentadas contra o prefeito Edson Neves são graves. Como serão apuradas a partir de agora?
CM – Já estavam [as denúncias] sendo apuradas desde o dia 21 de maio. As comissões estão trabalhando. O prefeito não fez a defesa no prazo legal estabelecido, entregou a defesa ao vereador Nilson Ribeiro fora do prazo, que não poderia ter recebido. Na próxima serão as denúncias serão apuradas e provavelmente dentre de 30 dias será cassado [o prefeito].
UN – Alguns projetos vinham sendo tocados pelo prefeito Edson Neves, como a participação da seleção de Ubatã no Intermunicipal. Já há algum posicionamento da gestão Mascarenhas sobre isso?
CM – Ainda não, mas com o que dá certo. O Prefeitura nos Bairros vemos isso como propaganda eleitoreira. Vamos fazer o que Ubatã precisa, o que Ubatã necessita, não obra eleitoreira, mesmo porque eu não sou candidata.
UN – Ao assumir a cadeira do executivo, é evidente que a visibilidade é muito maior. Por que a senhora renuncia a possibilidade concorrer à Prefeitura de Ubatã?
CM – É uma decisão que foi tomada há um ano de não ser mais candidata a nenhum cargo público. Tomei esta decisão em razão do nascimento da minha filha. Foi uma decisão minha. Não é porque assumir a prefeitura nessas circunstâncias que vou mudar de ideia. Não sou pré-candidata e não concorrerei a cargo algum. O meu esposo é quem disputará uma cadeira na Câmara.
UN – Quem o seu grupo político apoiará nas eleições municipais?
CM – Eu, meu esposo e todo o PMN apoiarão a chapa Rosana como prefeita e Tinho como vice. Acreditamos que esta é a melhor opção para Ubatã. É uma chapa que será sem dúvida vitoriosa.
UN – Considerações Finais.
CM – É hora de colocar a casa em ordem. Os ubatenses podem ficar tranquilos, pois os nossos esforços estarão concentrados em resgatar a confiança e a autoestima da população. Trabalharemos para resolver, a princípio, os problemas mais graves da cidade, como a caótica situação da saúde. Um grande abraço.