Dep. Federal Alice Portugal e Arnaldo Queiroz
Redação: Recentemente, soubemos que o PC do B municipal lançará candidato próprio às eleições municipais 2012. Já há candidato definido?
Arnaldo: Não. O PC do B é um partido que trabalha com metas e projetos eleitorais. No pleito de 2008, o partido elegeu 19 prefeitos, inclusive o de Ubatã, e 19 vice-prefeitos na Bahia. O projeto de 2010 para as eleições foi manter os 3 deputados estaduais e aumentar a bancada federal, elegendo mais um nome, totalizando 3 deputados. O projeto de 2011/12 é ampliar o número de prefeituras no estado. Como Ubatã tem um prefeito diplomado do PC do B, então lançaremos um nome aqui, que pode se até o de Agilson Muniz. Há também o meu nome, o de Paulinho Cabral e o da professora Rita Falcão.
Redação: O Jornal Estadão noticiou recentemente que algumas prefeituras do PC do B foram beneficiadas com o Projeto Segundo Tempo. O partido já apurou a denúncia?
Arnaldo: O ministro Orlando Silva publicou uma nota de esclarecimento desmentindo a notícia, afirmando, dentre outras coisas, que algumas prefeituras citadas na denúncia nem eram governadas pelo PC do B. O ministro já autorizou, inclusive, a abertura de uma sindicância para apurar a denúncia.
Redação: Arnaldo, você fez parte do governo de Agilson Muniz. Como você avalia a administração do ex-prefeito?
Arnaldo: Em linhas gerais, bom. Pelo estado em que ele encontrou o município, com dívidas, salários atrasados, 13º. O primeiro ano de Agilson foi ruim no quesito arrecadação. Vários bloqueios aconteceram, débitos parcelados da Embasa, Coelba. Ainda assim, ele conseguiu manter o funcionalismo em dia, fez o calçamento e iluminação do Bairro Londrina, praça do Ginásio de Esporte, todas essas obras com recursos próprios. Além disso, Agilson conseguiu viabilizar alguns convênios com o governo do estado.
Redação: A saída de Agilson Muniz da prefeitura não foi recebida com festa pela população ubatense, mas também não houve grande comoção. Como explicar a aparente indiferença da comunidade local frente ao afastamento de Agilson?
Arnaldo: Eu penso que a população ficou perplexa com a notícia, pois foi uma decisão no mínimo estranha, decisão esta que foi questionada por diversos advogados ouvidos pelo nosso partido. Penso que a população encarou o fato com muita surpresa, algo “surreal”. No entanto, várias pessoas se manifestaram, evidenciando o apoio a Agilson e querendo que ele retorne, inclusive vários funcionários públicos, que pelo perfil ditador de Edson Neves, têm medo de se manifestar e serem perseguidos.
Redação: Qual a sua avaliação da administração de Edson Neves?
Arnaldo: Mentirosa, ditadora, sem objetivos definidos, perseguidora, sem projeção/influência nenhuma no governo estadual para conseguir recursos, obras e convênios para a cidade, apesar de o prefeito mentir o tempo todo na FM dizendo que é amigo do governador. Além disso, a cidade está suja, sem iluminação pública, cheia de mato e buracos, hospital sem medicamentos básicos. Faltaria espaço nesta entrevista para mensurar todos os problemas. Quem são os secretários do prefeito? Como se vê, os problemas são inúmeros.
Redação: E Agilson Muniz, volta?
Arnaldo: Com certeza, inclusive isto (a volta de Agilson) foi afirmado pela deputada federal Alice Portugal, que assegurou que a chance dele voltar é de 100%. Esse afastamento foi uma aberração, uma incoerência, para fazer uso de eufemismo.
Redação: Considerações finais
Gostaria de agradecer a oportunidade, e parabenizar a equipe do Ubatã Notícias pelo brilhantismo. É um canal realmente democrático, onde a população pode realmente se expressar, coisa que não acontece na rádio do prefeito. À comunidade ubatense, pode ter certeza que o PC do B pretende desenvolver no município a doutrina comunista, de liberdade de expressão, de orientar grupos a se unirem em sindicatos e associações, pois hoje as reivindicações são mais incisivas e representativas quando as pessoas se juntam em grupos. E torcer para que Ubatã venha a ter dias melhores, porque esta população não merece sofrer tanto na mão de gestores inescrupulosos. Um grande abraço a todos.