A Lei Maria da Penha completou, na última quarta-feira (07), 13 anos de existência. Nos últimos três anos, o feminicídio matou 12 mil mulheres e quase 900 mil pediram medida protetiva em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em Ubatã, a exemplo dos demais municípios brasileiros, as ocorrências de violência contra a mulher continuam em alta. Segundo dados da Delegacia Territorial de Ubatã, cerca de 30% dos Inquéritos Policiais instaurados de janeiro a julho deste ano na Unidade estão relacionados a este tipo de crime. “Há uma cultura machista que contribui para a violência contra a mulher. Houve muitos avanços sobre essa questão, com a implementação da própria Lei Maria da Penha, a implantação da Delegacia da Mulher e também a Lei do Feminicídio, mas há muito ainda por fazer”, destacou Lane Andrade, Delegado Titular de Ubatã.
Lane ainda destacou que a Polícia Civil tem instaurado inquéritos policiais para apurar as denúncias, tem solicitado medidas protetivas e ainda traçou um perfil relacionado à maioria dos casos envolvendo esse tipo de violência. “Geralmente, são esposos ou ex-companheiros que não suportam o fim do relacionamento e tentam impor a sua vontade”, enfatizou. “Não devemos esquecer ainda que a violência contra a mulher não se restringe ao aspecto físico, mas há também casos de violência psicológica, ameaça, humilhação, constrangimento, isolamento e cárcere privado”, finalizou o delegado, emendando que a Lei Maria da Penha teve o mérito não apenas de punir agressores, mas também incentivar as vítimas a denunciar e que a Polícia Civil de Ubatã está à disposição da comunidade. (Ubatã Notícias)