O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) tornou nulo, em decisão unânime desta terça-feira (22), o mandado de busca e apreensão contra o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT). A decisão acatou habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro e ex-governador do Ceará. Realizada pela Polícia Federal em dezembro de 2021, a Operação Colosseum investiga supostas fraudes que teriam ocorrido nas obras da Arena Castelão, em Fortaleza, nos anos de 2010 a 2013. Na época, o estado do Ceará era governado por Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro, que não tinha cargo no governo estadual. Após a operação do dia 15 de dezembro, Ciro disse que a ação foi abusiva e que o governo Bolsonaro havia transformado o Brasil em um estado policial.
OPERAÇÃO INTEMPESTIVA
Na época, o pedetista chamou atenção para o fato de que a justificava das buscas era a procura de supostas provas sobre eventos ocorridos há mais de oito anos. O relator do habeas corpus no Tribunal, desembargador Rubens Canuto, também julgou a operação intempestiva, levando em conta a improbabilidade de que uma busca feita quase um década após o caso investigado pudesse colher elementos úteis ao inquérito. Nesta terça-feira (22), Ciro usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso. “Mesmo nos momentos de maior indignação nunca duvidei de que a verdade e a justiça prevalecessem sobre o arbítrio, a manipulação e a prepotência. Esta decisão do TRF-5 honra o judiciário brasileiro”, escreveu o pré-candidato. (Pimenta)