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Terras indígenas na Amazônia têm maior número de queimadas desde 2011

Povo Karipuna ao lado do rio Jaci Paraná, em Rondônia — Foto: Fábio Tito/G1

O número de focos registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em terras indígenas (TIs) nos nove primeiros meses deste ano é o maior desde 2011 e representa o dobro do que foi verificado no ano passado. Foram 5.242 pontos flagrados pelos satélites em áreas demarcadas na Amazônia neste ano, contra 2.680 contabilizados no mesmo período de 2011 e 2.544 em 2018. O recorde da década ocorreu em 2010, com 7.451 pontos de queimadas em áreas indígenas. Os dados usados na análise compreendem o período de 1º de janeiro a 30 de setembro. A comparação feita pelo G1 considera os balanços do Inpe a partir de 2009. O Programa Queimadas do Inpe analisa a situação das TIs considerando os focos dentro e fora do seu território. A terra indígena Karipuna, que tem 153 mil hectares e fica em Rondônia, é a mais ameaçada quando o critério é o número de focos no entorno do limite demarcado. Nos últimos 10 anos, o povo aparece sete vezes no topo da lista de terras com mais focos detectados em um raio de até 5 quilômetros do território. No caso dos Karipuna, o fogo encontrado na fronteira é consequência das fazendas que cercam o território. Os produtores desmatam e depois queimam para conseguir manter o pasto para o gado. Por serem um povo com poucos indivíduos, os cerca de 20 karipunas que vivem na área atacada por madeireiros e grileiros estão sob ameaça de genocídio, de acordo com o Ministério Público Federal. Continue lendo


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