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SSP reconhece racismo em mortes após furto de carne no Atakarejo; investigação avança

Sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA)

A Polícia Civil da Bahia, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já tem indicativo de autoria no duplo homicídio dos homens que furtaram carne em uma unidade do Atakarejo, em Salvador. Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva foram encontrados mortos, com sinais de tortura, na última segunda-feira (26), no bairro da Polêmica, e familiares dos dois apontam que eles foram entregues a traficantes pelos seguranças do mercado (saiba mais aqui). Diante dessas e de outras informações, o DHPP coletou, nesta terça (4), novas imagens do circuito de câmeras de vigilância do mercado e agora a Coordenação de Perícia em Audiovisuais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) analisa o material. Laudos cadavéricos e periciais do local do fato vão complementar as investigações. Mas, desde já, o titular da SSP-BA, Ricardo Mandarino, reconhece um componente crucial neste crime: o racismo. Para ele, casos assim refletem a concepção errônea sobre justiça que tomou conta de parte da sociedade. “Trata-se de um delito resultado desse conceito vil, tosco, desumano, deturpado de que ‘bandido bom é bandido morto’. Há, nessa ação abjeta, um componente forte de racismo estrutural e ódio aos pobres. Na cabeça dessa gente torpe, todo pobre e preto é bandido. É uma gente perversa, desprovida de qualquer sentimento de empatia e que demonstra claramente que o trabalho da polícia não satisfaz, porque a polícia não mata, não pode e não deve matar. A polícia prende em flagrante, ou com ordem judicial, e entrega o infrator à justiça”, declarou o secretário. *Ler mais.


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