O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o organizador do “tomataço” contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) por injúria e incitação ao crime. O denunciado Ricardo Rocchi compartilhou uma imagem de Gilmar de bandido e ofereceu recompensa de R$ 300 para quem acertasse tomates na cabeça do ministro. As publicações em redes sociais aconteceram entre 24 de dezembro de 2017 e 31 de janeiro de 2018. A proposta do ato, segundo o autor, era demonstrar o descontentamento em face de decisões judiciais das quais discorda e em defesa da operação “Lava Jato”. Ele nega, no entanto, que o movimento tivesse o propósito de incitar a violência. Para o MPF, o autor das publicações abusou da liberdade de expressão com atos ofensivos, violando o direito à honra e à imagem do ministro, bem como a ordem e a paz pública. Ricardo tentou atingir Gilmar Mendes em seis ocasiões, mas sem sucesso. Ele chegou a produzir banner, camisetas, as artes gráficas dos produtos. Por fim, afirmou que pretende continuar o movimento já que o considera legítimo. A defesa foi apresentada por escrito. Ricardo participou de vários eventos com a presença de Gilmar Mendes e foi flagrado com tomates. Em todos, foi retirado do local. O procurador da República Marcos Angelo Grimone afirma que a materialidade do crime foi comprovada. Um dos protestos ocorreu em frente ao Instituto de Direito Público (IDP), em São Paulo. Um grupo jogou tomates nos carros que levavam autoridades para um evento público. Rocchi foi detido em agosto do ano passado com uma sacola de tomates, em um evento sobre reforma política em que Gilmar Mendes palestrou. No Facebook, Ricardo postou uma foto no Ceasa, onde comprou tomates para os protestos. (Bahia Notícias)
