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Ministro da Educação diz ao STF ter sido infeliz ao dizer que brasileiro é canibal

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez (Foto: Geraldo Magela)

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi “infeliz” ao afirmar que brasileiro age como “canibal” em viagens ao exterior. Em entrevista à revista “Veja”, o ministro disse também que quando o brasileiro viaja “rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião, ele acha que sai de casa e pode carregar tudo”. “Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”, disse o ministro na ocasião. Diante da declaração, um advogado entrou com uma interpelação judicial no STF para que o ministro esclarecesse a fala. A ministra Rosa Weber, relatora do caso, notificou Vélez Rodríguez. “Fui infeliz na declaração aberta, genérica, mas tal não pode ser lida como a prática dos crimes de calúnia, difamação e injúria, na medida em que, repita-se, não teve o propósito de ofender as honras objetiva e subjetiva de brasileiros determinados. Utilizei-me de uma figura de linguagem hiperbólica, nada mais do que isso, para potencializar a mensagem”, escreveu Rodríguez. O ministro completou que apresentou desculpas públicas nas redes sociais, o que não significa admitir crime. “Pelas redes sociais, já lancei, inclusive, meu pedido de desculpas a quem se sentiu ofendido, o que, de forma alguma, implica o reconhecimento da prática de um crime contra a honra”, disse. A Advocacia-Geral da União (AGU) já pediu ao Supremo para arquivar o caso por entender que as declarações tiveram “caráter genérico”, sem atingir ninguém especificamente. (Folha)


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