Não sei se aqui é o espaço para tal desabafo, desculpe-me caríssimos internautas. Mas o que acabo de presenciar é mais forte do que eu. Hoje, às 21 horas do dia 22/11/2010, em frente à praça principal de minha cidade, ocorreu algo que me surpreendeu e deixou-me indignado.
Quando lembro de minha infância, que se diga de passagem não está tão distante assim – íamos à praça para nos divertirmos, encontrar os amigos, paquerar garotas. O cenário é totalmente outro. Os bancos do jardim, que antes abrigavam a inocência e os sonhos de muitos jovens, presencia, hoje, a desgraça de uma sociedade que não consegue educar seus filhos, uma sociedade que se vê incapaz de ensinar a estes a terem caráter, a serem simplesmente humanos.
Agora à noite um senhor homossexual – FRISE-SE – que por desventura de seu destino encontra-se doente, com sérios problemas mentais, que na sua condição humilhante pedia esmola para alimentar-se – direito que deveria ser de todo cidadão, a alimentação – foi acometida por diversos covardes, jovens que nossa sociedade não conseguiu educar.
O que mais espanta é que esses animais – não vejo outro nome que possa chamá-los – são filhos, netos de pessoas dignas, que gozam de prestígio em nossa cidade. Dos jovens arruaceiros, Eliseu é filho do Sr. Antônio, Policial Civil, um outro neto da estimada D. Dorê, a quem tanta alegria já nos proporcionou a nossa cidade com seus arraiais juninos, dentre outros delinquentes.
O que me deixa preocupado é que esses jovens que atacaram e que quase vitimaram senhor indefeso, fato que não aconteceu somente pela intromissão de algumas bravas mulheres que passavam na rua e presenciaram a lamentável cena, o que mais eles são capazes de fazer? Não duvido que eles assim como atacaram a pobre vítima, também possam assim fazer a uma criança, ou a um outro jovem que diferentemente deles soube absorver a boa educação e o caráter que nossa sociedade precisa. A violência por si só já é abominável, com a agravante de, nesse caso, tratar-se de HOMOFOBIA e de agressão a uma pessoa com PROBLEMAS MENTAIS.
A meus caros internautas, peço desculpas, se me prolongo muito em minha dissertação. É que o momento pede, ou melhor, exige tal desabafo. Ao pobre senhor, vítima dos “tais quases assassinos”, solidarizo-me com seu infortúnio e clamo, seja lá a quem for, justiça e proteção aqueles que não podem se defender.
Obrigado pelo momento dispensado.
Ricardo Neto
Professor
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