Fraudadora da Previdência cumpriu 14 anos de prisão; na foto, em culto religioso na cadeia
A revista IstoÉ desta semana traz uma entrevista bombástica com Jorgina de Freitas, cabeça da quadrilha responsável pela maior fraude já ocorrida no Brasil, com desvios da ordem de R$ 1,2 bilhão (em valor atualizado) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão pertencente ao Ministério da Previdência Social. Em sua primeira entrevista após sua prisão, a fraudadora denuncia esquema com leilão de imóveis do INSS e afirma que o roubo, nessa área, “apenas mudou de mãos”. Aos 61 anos, Jorgina tem conhecimento de causa quando o assunto é desvio de dinheiro público.
Liderou uma quadrilha formada por 25 pessoas – entre juízes, advogados, procuradores do INSS, contadores e peritos – que desviava verbas de aposentadorias. Foi condenada a 14 anos de prisão em 1992 e deixou a cadeia em junho do ano passado. À Isto É, a ex-procuradora previdenciária acusa o INSS de promover nova fraude. Segundo ela, os 60 imóveis que adquiriu com o dinheiro do golpe bilionário, que foram sequestrados pela Justiça para ressarcir a Previdência, serão leiloados a preço de banana por algum motivo obscuro. “Eles me chamam de fraudadora e quem está fraudando agora?”, questiona.