Apesar das evidências apontarem outro culpado
Um caso que pode colocar em questão toda a credibilidade do sistema judiciário americano. Um homem está prestes a ser executado nos EUA apesar das dúvidas acerca de sua culpa no crime serem bastante fortes. Das nove testemunhas que ajudaram a condená-lo pela morte de um policial em 1989, sete se retrataram. Dez pessoas, que nunca foram ouvidas, informaram que um outro homem admitiu ter atirado no policial.
Nesta terça-feira (20/9) o Conselho de Perdão e Liberdade Condicional da Geórgia (EUA) negou todos os pedidos feitos em favor de Troy Davis. A execução do afro-americano foi marcada para esta quarta-feira (21/9), às 19h (horário de Nova York).Pedidos de clemência foram feitos por João Paulo II, quando Papa, e por Desmond Tutu, ganhador do prêmio Nobel da paz.
A família do policial Mark MacPhail, que foi morto com um tiro ao tentar ajudar um sem-teto que estava sendo atacado, se declarou feliz com a decisão do conselho. “Finalmente, será feita justiça”, disse aoUSA Today o filho do policial morto Mark MacPhail Jr.
O advogado do prisioneiro, Brian Kammer, declarou que esse é um caso óbvio de identificação falsa, uma vez que dez pessoas apontaram os dedos para Sylvester Coles, que estava na cena do crime, como o autor dos disparos, noticia o The Guardian.
Segundo o jornal, “nenhuma evidência forense ou de DNA foi encontrada, até agora, para ligar Davis aos tiros, bem como nunca foi achada a arma do crime. As sete pessoas que voltaram atrás em seus testemunhos, disseram que foram “persuadidas” pela polícia a testemunhar contra Davis. Os advogados da defesa ainda vão tentar alguns “remédios legais” para o caso, mas admitem que a situação é muito difícil e que deve prevalecer a decisão do Tribunal da Geórgia.
Fonte: Bahia Notícias