Um trabalhador de 51 anos processou o ex-patrão por mantê-lo em situação análoga à escravidão durante oito anos, em Salvador. A vítima fazia serviços em uma escola particular e era abrigada em um pequeno cômodo improvisado no fundo da instituição, que fechou no início da pandemia. Além de não receber o que tinha direito pelos anos trabalhados, o trabalhador também ficou sem água e energia, porque o ex-patrão suspendeu o fornecimento. A reportagem não informará o nome da vítima a pedido das entidades de proteção a pessoas resgatadas do trabalho análogo à escravidão. O trabalhador conta que o patrão, que não teve identidade divulgada pelos órgãos, sempre prometeu assinar a carteira de trabalho dele, mas nunca o fez. “Quando eu cheguei aqui, esse barraco que eu moro era de lixo até o teto. Para eu ver a água, eu tinha que capinar o terreno. Aí eu capinava, porque eu não podia ficar sem água”. *Ler mais.