Dois ex-funcionários de uma loja na Avenida Joana Angélica, Centro de Salvador, acusam os patrões de tortura e agressões. Segundo as vítimas, os donos do local praticaram o crime após acusá-los de furto. William, um dos funcionários, afirma que os patrões armaram uma emboscada para os jovens, que se dirigiram ao estabelecimento acreditando que seria um dia normal de trabalho. Ambos foram espancados e tiveram as mãos queimadas com os dizeres “A 171”, em referência ao artigo 171 do Código Penal, que trata de estelionato. “Me bateram, me agrediram, queimaram minha mão com ferro de passar roupa e disseram que eu estava roubando nos dois meses que eu trabalhei na loja, me pedindo pra confessar e me gravando”, disse à TV Bahia. “Depois de dois dias, meu colega foi agredido”. Vídeos que teriam sido gravados pelos próprios autores do crime e postados nas redes sociais foram apresentados à Polícia. O caso começou a ser investigado na quinta, quando um dos autores prestou depoimento.
“O primeiro acusado disse que ficou bastante chateado pela subtração, segundo ele, de um valor de R$ 30. A vítima alega que fazendo a limpeza achou esse dinheiro e seria entregue a ele. Ele não aceitou os argumentos dos ex-funcionários e de modo imprudente tentou fazer a lei com as próprias mãos. O interessante é que ele mesmo posta nas redes sociais o crime que ele praticou com outra pessoa. Enquanto um praticava o delito, o outro filmava, como um aviso para quem for praticar algum tipo de furto contra eles”, explica o delegado Willian Achan. As vítimas foram encaminhadas para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para a realização do exame de corpo de delito, e uma delas já foi ouvida. (Correio)