
Um estudo da Universidade de Surrey, na Inglaterra, investigou a relação entre o hábito de dormir tarde e o risco aumentado de depressão. Os pesquisadores analisaram dados de 546 estudantes universitários, coletados entre abril de 2021 e março de 2023, por meio de um questionário online. Os participantes foram classificados como cronótipos noturnos ou matutinos, conforme seus padrões de sono e energia ao longo do dia.
Os resultados indicaram que quase metade dos estudantes tinha um cronótipo noturno e apresentava níveis mais altos de sintomas depressivos, transtornos alimentares e consumo de álcool. Segundo o autor do estudo, Simon Evans, essa correlação pode ser explicada por fatores como menor atenção plena, pior qualidade do sono e maior ingestão de álcool entre os notívagos. O estudo também aponta que os matutinos, por dormirem melhor e terem menos fadiga, tendem a agir com mais consciência no dia a dia.
A pesquisa destaca que a baixa qualidade do sono dos notívagos pode estar ligada ao jet lag social e ao acúmulo de débito de sono, levando a impactos negativos na saúde mental. Os pesquisadores alertam que a depressão pode comprometer o funcionamento diário, afetar trabalho e educação e aumentar o risco de doenças graves, como problemas cardíacos e derrames. Leia mais no O Globo