A estudante Renata Lima, de 13 anos, que recebeu alta do Hospital Albert Schweitzer e passou a primeira noite em casa depois da tragédia em Realengo, resumiu com um leve sorriso a sorte de ter escapado da morte: “ Não era a minha hora. Eu tive duas chances para poder fugir”, disse em entrevista ao Jornal Nacional neste sábado (9).
A menina revelou que a primeira coisa que fez quando chegou em casa foi pegar o jornal para saber melhor o que havia acontecido.
A adolescente estava na primeira sala de aula em que o atirador entrou. “Na hora em que ele me viu em pé, ele mirou a arma na minha frente. Aí eu fiquei meio assustada. Quando ele foi apertar o gatilho, não tinha mais bala dentro. Ele foi recarregar, e eu consegui correr. Quando cheguei à porta, ele me acertou”, lembra a jovem.
Renata foi atingida por um tiro que entrou nas costas e saiu pela lateral do corpo, mas ela não precisou passar por cirurgia. “Foi o fato de eu ser gordinha que me salvou”, afirmou, esboçando o primeiro sorriso.
A mãe ainda não consegue falar sem chorar. “Eu não tive tempo de pensar ainda”, disse.
A família já está recebendo apoio psicológico. “Para todas as famílias que estão sofrendo deixo minha solidariedade. É um momento muito triste. Muitas delas não querem nem falar”, declarou Nilson Oliveira, pai de Renata.
Fonte: G1