O número de famílias endividadas atingiu, em setembro, 79,3% do total de lares no país, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta segunda-feira (10). A alta de devedores foi de 0,3 ponto percentual em setembro ante agosto, enquanto, em um ano, o avanço foi de 5,3 pontos. A situação é pior para as famílias de baixa renda. Nos lares com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento superou os 80% pela primeira vez. Apesar do número recorde, o ritmo diminuiu. O crescimento de 0,3 ponto percentual é o menor desde abril deste ano. E o avanço em 12 meses foi o menor desde julho do ano passado. “É possível verificar que a melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já contraídas”, observa o presidente da CNC, José Roberto Tadros. *Ler mais.