A ideia é que o candidato escolha o bloco de perguntas relacionado ao itinerário formativo que fez durante o ensino médio, mas também que esteja ligado ao curso superior que deseja tentar uma vaga.
“Quem vai definir [se serão perguntas abertas ou não] vai ser o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas”, informou o secretário de Educação Básica, Mauro Rabelo.
O órgão, responsável por elaborar e aplicar o Enem, deve construir as matrizes de referência e decidir o número de questões de cada prova, se elas serão discursivas, entre outros pontos.
Rabelo explicou que o MEC deve oferecer uma lista às universidades da relação das áreas de conhecimento com os cursos, mas as universidades terão autonomia para fazer essa seleção e decidir qual área está ligada a cada curso.
A pasta não estima o valor que deve ser gasto com as mudanças para o novo Enem.
O secretário de Educação Básica explicou ainda que alunos que fizerem curso técnico ao longo do ensino médio poderão ganhar uma bonificação, caso tenha relação com o curso escolhido na graduação.
Durante sua fala, o ministro da Educação falou que nos próximos dias o MEC irá divulgar um documento para ampliação do ensino técnico no país.
“Curso técnico e superior devem conversar, o conhecimento adquirido no ensino técnico não pode ser ignorado para acessar o ensino superior”, disse. “Queremos dar oportunidades para que um técnico possa continuar os estudos em um curso de engenharia civil, por exemplo.”
Desde o ano passado, Ribeiro defende o fortalecimento do ensino técnico e profissionalizante no Brasil. Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou, no entanto, que matrículas na área estão estagnadas durante o governo Bolsonaro.
As novidades do Enem, como informado, acontecem devidas as mudanças no ensino médio. Entre os principais pontos de alterações na última etapa da educação básica está o aumento da carga horária e a possibilidade de os alunos escolherem parte das disciplinas que querem cursar.
Com a reforma, a carga horária dos alunos vai para 3 mil horas. Destas, 1.800 devem ser destinadas à formação geral, que são os conteúdos obrigatórios e outras 1.200 horas são chamadas de “parte flexível”, onde os alunos escolhem seus itinerários formativos.