O Fundo Garantidor de Créditos estendeu sua linha de crédito ao PanAmericano em R$ 1,3 bilhão para cobrir o restante do rombo detectado por auditores e pelo Banco Central. Ao todo, a dívida do banco fundado por Silvio Santos soma R$ 3,8 bilhões e vai ser completamente coberta pelo crédito do FGC – que já havia emprestado R$ 2,5 bilhões à instituição em novembro do ano passado. Após deixar o prédio do BTG Pactual, em São Paulo, Silvio Santos afirmou que havia se livrado de todas as dívidas. Verdade: em uma complexa engenharia financeira envolvendo os dois bancos, o FGC, a Caixa e o Banco Central, Silvio não terá de pagar nenhum real. E o banco de André Esteves dificilmente sairá da negociação desembolsando mais do que os R$ 450 milhões utilizados para comprar a participação de Silvio no banco.
Com a assinatura do contrato de venda do banco, Silvio Santos apresentará ao FGC uma espécie de titulo recebível garantindo que o BTG Pactual saldará a dívida total até o ano de 2028, a juros pré-fixados. Tal dívida, entretanto, não é de R$ 3,8 bilhões, como a lógica atestaria. Se for paga agora, será de ‘apenas’ R$ 450 milhões. Apenas se for paga em 2028, terá o valor máximo de R$ 3,8 bilhões. “Isso significa que, se o BTG quiser saldar essa dívida já, o FGC terá de arcar com a diferença”, afirma uma fonte que acompanhou a operação.
Com informações do Portal Exame
