O que sei é que quem governa não tem o poder de simplesmente fazer o que quer. – E acredito que Wagner quisesse atender aos pedidos do PM’s. – A questão é que o Estado tem uma função muito específica, encontra-se no fogo cruzado da “luta de classes” e não é possível conciliar todos os interesses que existem. E a posição de pessoas como Wagner, entendo, é muito difícil.
4 – O anexo é, na minha opinião, uma alegoria criativa e superficial. Nem considero relevante o uso da imagem de Hitler (definitivamente não foi uma comparação).
5 – “Eu sei que o certo é dar tudo que eles querem“, diz o “Hitler” do vídeo. E é. (Mesmo que, de fato, não seja possível. – E assim é o mundo que tanto odeio…)
6 – Aos meus amigos PM’s, que são muitos, e têm a função de coibir as greves dos demais servidores (públicos e privados), minha mais profunda admiração e meu mais elevado respeito. Não é fácil ser odiado, eu sei.
Mas… também espero que, enquanto voltam a fazer seus trabalhos rotineiros (e letais), lembrem-se da verdade: aqueles que vocês prendem diariamente, aqueles que atiram em vocês, aqueles que vocês precisarão matar em defesa própria… Eles não são os inimigos verdadeiros.
O verdadeiro inimigo está em um escritório, usando terno e possui um nome e uma função de honra em nossa sociedade. Ele está seguro escondido das suspeitas, pois possui prestígio – algo que não merece.
Aqui cito o personagem Roberto Nascimento em Tropa de Elite 2 quando, finalmente, percebe a verdade: “Eu estava cercado de inimigos. Os inimigos verdadeiros”.
E aqui cito uma última coisa, algo que minha mãe achou na net: “Quem se expõe em movimentos reivindicatórios certamente não está se alimentando dos frutos podres da corrupção: quem goza das benesses da ilicitude prefere estar seguro juridicamente, escondido de olhares que gerem suspeitas as suas maldades. Por isso, a massa dos honestos trabalhadores policiais militares baianos concorda com as reivindicações”.