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Cacau orgânico muda a vida de assentados em Ibirapitanga

— Foto: Ana Lee/Divulgação

De bandidos aos olhos de quem não entendia a luta pela reforma agrária a exemplo de produção sustentável de cacau. Agricultores do assentamento Dois Riachões, em Ibirapitanga, no sul da Bahia, produzem amêndoas orgânicas cujo valor de mercado ultrapassa duas vezes e meia a média do cacau convencional.

Na década de 1990, a queda dos preços do cacau devido à entrada da África no mercado internacional e o surto de vassoura-de-bruxa, doença causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, geraram uma grave crise na Bahia. A produção do Estado caiu de 400 mil para 100 mil toneladas.

A situação levou muitos produtores e meeiros — agricultores que trabalhavam em terras de outros em troca de uma parte da colheita — a migrar para centros urbanos, deixando para trás cacaueiros infectados e pastagens. No entanto, alguns trabalhadores foram para os acampamentos de lona preta, ligados a movimentos sociais.

“As pessoas nos chamavam de vagabundos e perigo sos”, afirma Luciano Ferreira, que se juntou a um desses acampamentos, às margens da BA-652, em 2001. Acompanhe a reportagem completa no Globo Rural


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