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Baiana ganha medalha de ouro após fazer vaquinha para participar de competição internacional

— Crédito: Divulgação

Uma atleta baiana de apenas 13 anos ganhou medalha de ouro no Pan-Americano de Ginástica Aeróbica, que acontece esta semana no Panamá. Diretamente do Subúrbio de Salvador, Maria Clara Gomes fez uma vaquinha para conseguir participar da competição e precisou superar crises convulsivas que afetaram a saúde.

“Quero levar a ginástica da Bahia ao nível mais alto. Este é um grande começo, mas ainda tenho muito a conquistar. Meu sonho é estar nas Olimpíadas, e cada dia estou mais próxima desse objetivo”, diz a jovem campeã.

A mãe, Ana Cláudia, relata o esforço e o apoio que a família recebeu para chegar à competição: “Depois de tanta luta e tantas noites sem dormir, recebemos apoio de pessoas que nem conhecíamos. Fomos às ruas, pedimos ajuda na televisão, fizemos rifas. Foi uma corrente de solidariedade que nos permitiu estar aqui hoje”.

— Crédito: Paula Fróes/Correio

A conquista não foi a primeira. Maria Clara é Vice-Campeã Brasileira de 2022, Campeã Baiana de 2022 (trio), medalhista de bronze no Baiano em 2023 e 2024, finalista do Brasileiro de 2024 e da Copa Sul-Americana de 2024, além de ocupar o 4º lugar no Sul-Americano e fazer parte da Seleção Brasileira.

A pequena ginasta iniciou sua trajetória no esporte através do ballet, mas, já aos cinco anos, começou na ginástica rítmica. Em 2021, migrou para a modalidade aeróbica e não largou mais.

Avó de Maria Clara, Ana Rita das Neves diz que a neta sai de casa, em Mirantes de Periperi, às 6h e volta apenas às 21h30, dedicada aos treinos no Centro de Treinamento TALENT. Apesar da correria, ela destaca que o tempo com a pequena vale a pena. “É um sentimento maravilhoso [ter uma atleta na família]. A família fica maravilhada e um pouco enciumada com a decisão”, brinca.

O Centro de Treinamento TALENT foi fundado em 2015 por Eliana e Adison Mirales, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O TALENT surgiu como uma resposta às dificuldades enfrentadas pela fundadora Eliana Dantas, que, mesmo tendo que abandonar sua carreira de atleta por falta de recursos, decidiu seguir sua paixão pelo esporte, ensinando crianças da comunidade local em casa. (Correio 24h)


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