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Artigo WF

É de se estranhar que somando os gastos com Administração Geral, Atenção Básica e Assistência Hospitalar temos um total gasto de R$ 10.504.432,19 (Dez milhões, quinhentos e quatro mil, quatrocentos e trinta e dois reais e dezenove centavos), ou seja, 96,93% dos gastos com a saúde de nós, ubatenses.

Mesmo com esse “gasto”, exorbitante,  ouvimos a população reclamar  frequentemente, da falta de  médico no hospital, na Unidade Básica de Saúde (Maternidade) e nos Postos de Saúde da Família (PSF’s) – que a cidade possui apenas 2 (dois) PSFs,  para uma população de 25.004.  Neste quesito, também, perdemos para nossos vizinhos:  Barra do Rocha (2 – população de 6.313), Gongogi  (4 – população de 8.357); Ubaitaba ( 5 – população de 20.691); Ibirataia ( 4 – população de 18.943). Aliás, lemos na imprensa que na área de saúde de Ubatã falta também:  remédios, produtos farmaceuticos em geral, equipamentos, infraestrutura e alguns salários estão atrasados.

E A FALTA DE  ATENÇÃO COM MEDICAMENTOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS?

Segundo o quesito Suporte Profilático e Terapêutico – despesas realizadas pelo Poder Público  Municipal decorrentes das ações voltadas para a produção, distribuição e suprimento de medicamentos e produtos farmacêuticos em geral.

 Na publicação do Relatório de Execução Orçamentária, gastou-se em Ubatã com uma população de 25.011 (IBGE/2010), o valor de R$ 32.415, 26 (Trinta e dois mil, quatrocentos e quinze reais e vinte  e seis centavos). Isto mesmo. Em três anos (2009 a 2011), os prefeitos não tiveram a preocupação em comprar medicamentos e produtos farmacêuticos.  Olhe que absurdo:  em 2009, se gastou R$ 83,13 e em 2010,  R$ 767,44.  Verdade: oitenta e três reais e treze centavos e setecentos e sessenta e sete reais e quarenta e quatro centavos.

Este valor informado nesta rubrica é uma afronta a saúde dos ubatenses. È mostrar que não tem nenhuma preocupação com a saúde dos ubatenses. Este valor é menor do  três meses do salário do prefeito de Ubatã que é de R$ 11.800,00 (Onze mil e itocentos reais).

Deixo aqui a reflexão: por quê motivo ficamos humilhados assim? Será por falta de dinheiro na área da Saúde ou incompetência administrativa na gestão pública ubatense?

Wesley Faustino é especialista em Gestão Pública Municipal e Gestão Ambiental. Exerceu os cargos de  Diretor-Geral da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia(Sema); Chefe de Gabinete da Superintendência do Meio Ambiente de Salvador (SMA); Chefe de Gabinete na Câmara de Vereadores de Salvador(CMS); Assessor Técnico da Codeba/Ministério dos Portos, diversas assessorias Especiais de Comissões na CMS, entre outros. Tem cursos nas áreas Processos Administrativos Públicos, Lei de Responsabilidade Fiscal, Contratos e Licita­ções Públicos (Instituto Elo/Brasília), Direito Urbano – Estatuto da Cidade (Instituto de Direito Administrativo e Público da Bahia (IDAB/Salvador), Processo de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL (Instituto Acqualung/Rio de Janeiro), entre outros. Teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na gestão da Sema.


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