Ininterrupto. Bastaria esse adjetivo para valorizar o transcurso dos cem anos de A TARDE. Cotidiano desde 1912, o jornal soube, mantendo a seriedade e a imparcialidade de sempre, fazer correções de rumo necessárias, reinventando-se para registrar um século de história, em mídia integrada e convergente, através do meio eletrônico e da interação permanente com os leitores. A Tarde sempre esteve na vanguarda da informação e da democracia.
Nos primeiros 50 anos, comandado pelo saudoso Ernesto Simões Filho e, a partir daí, sob a presidência de D. Regina Simões, muitos foram os desafios para manter acesa a liberdade de imprensa todas as vezes que os rumores tirânicos estiveram de plantão sob pretextos de manutenção da ordem, bloqueio econômico ou outras influências que a impedissem. Da eternidade, ela celebra a importante data.
Registrar os 100 anos de A TARDE é render merecidos créditos a seus colaboradores e, de algum modo, testemunhar o que todos os segmentos da sociedade registram. Uns elogiam a forma gráfica, propiciadora de informação rápida, combinada à necessária análise aprofundada do cotidiano. De fato, o layout torna cada vez mais rápida a leitura do Jornal, sem falar do imperativo de bem informar que torna A TARDE insubstituível na medida em que fosse possível substituir uma ideia por outra, menos a liberdade de expressão que o identifica.
Estatísticas demonstram que ninguém sobrevive no meio jornalístico por tanto tempo sem os necessários méritos e, nesse sentido, A TARDE figura entre os mais antigos noticiosos do País. Por isso, quando a estampa comemora 100 anos de existência tão intimamente ligada à história do mundo, do Brasil e da Bahia, através de novos recursos e narrativas e, sobretudo, priorizando a cidadania, parabéns a todos.
O lado emocionado dessa história é que A TARDE é constructo baiano. Já o aspecto emocionante é a constante reinvenção do noticioso, surpreendente na forma e no conteúdo. Na vanguarda há cem anos, consolida-se mais que um grande jornal.