A morte do menino João Paulo Brancalion, de 9 anos de idade, cujo corpo foi encontrado dentro do freezer de um colégio católico tradicional de Piracicaba (SP), completa 34 anos neste sábado (16). Isso no ano em que o júri do caso – um dos mais longos da cidade – completa duas décadas.
São duas décadas sem uma resposta efetiva do estado para a morte de João Paulo. Além do sofrimento para a família, o caso habita até hoje o imaginário de uma população que não sabe o que levou à perda da vida de uma criança.
O g1 revisitou o caso e vai lançar em janeiro de 2024 um podcast com depoimentos exclusivos e detalhes das 1,8 mil páginas das investigações e processos do caso, que levou 13 anos para ser levado a júri.
O crime aconteceu em um período marcado por um sentimento de renovação de esperanças, não apenas pela proximidade do Natal como por ser véspera da primeira eleição direta para presidente depois de 29 anos.
“No dia 17, era o segundo turno da eleição, a primeira eleição depois do fim da ditadura militar, e eu votava, porque também foi a primeira turma que pôde votar abaixo dos 18 anos, dos 16 aos 18, o voto facultativo. Então, houve uma série de marcas pessoais e coletivas nesse período para mim e para a minha geração”, conta o escritor Ademir Barbosa Júnior, conhecido como Dermes, que era aluno do mesmo colégio que João Paulo. *Ler mais no G1.