O novo advogado do suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota em 2015 em Petrolina (PE) disse, nesta quarta-feira (19), que Marcelo da Silva, 40, escreveu uma carta em que alega ser inocente no caso. O texto marca um recuo do acusado, que, na semana passada, confessou em depoimento ter sido o autor do assassinato da criança de sete anos, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS). Em nota, a SDS disse que o depoimento foi filmado e seguiu todas as regras legais. Beatriz foi morta a facadas em dezembro de 2015 durante uma festa de formatura no colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. No último dia 12, a SDS anunciou que Silva confessou o crime durante um depoimento a dois delegados da força-tarefa responsável pela investigação. A oitiva aconteceu em um presídio de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, onde ele estava preso por estupro de vulnerável em outro processo.
A polícia decidiu colher o depoimento na ocasião após verificar a compatibilidade do DNA que estava na faca usada no crime contra Beatriz com o DNA de Silva presente no banco de dados da polícia. Na noite da terça (18), o novo advogado de Silva, Rafael Nunes, divulgou uma carta que teria sido escrita pelo suspeito no presídio de Igarassu, no Grande Recife. “Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe”, diz o texto com a assinatura de Silva. A carta está com a data da última segunda (17). A posição do novo advogado Silva vai na contramão do que foi dito pela advogada Niedja Mônica da Silva, até então responsável pela defesa do suspeito. *Ler mais.