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Ação com morte de indígena foi planejada em app de mensagens

— Foto: Reprodução/Redes Sociais

A ação que resultou na morte da indígena Maria Fátima Muniz de Andrade, no sul da Bahia, foi organizada por cerca de 200 fazendeiros por meio do aplicativo de mensagens Whatsapp, em um grupo autointitulado “Invasão Zero”. As informações são do Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

De acordo com o MPI, a mobilização aconteceu na Fazenda Inhuma, na região de Potiraguá. A área foi ocupada por indígenas no último sábado (20), por ser considerada pelos Pataxó Hã Hã Hãi como de ocupação tradicional.

No entanto, os fazendeiros e comerciantes cercaram a área com dezenas de caminhonetes e tentaram recuperar a propriedade, sem decisão judicial. Na mensagem que foi distribuída por meio do Whatsapp, os fazendeiros informaram que a convocação seria em “caráter de urgência” para ação de reintegração da propriedade invadida. Eles também marcaram o Rio Pardo, na entrada de Pau Brasil, no sul da Bahia, como ponto de encontro.

Grupo interdita trecho da BR-101 em protesto contra a morte de indígena

Dois fazendeiros foram detidos, incluindo o autor dos disparos que vitimaram Maria Fátima Muniz de Andrade. O cacique Nailton Muniz Pataxó também foi baleado, mas sobreviveu.

Um indígena que portava uma arma artesanal, também foi detido. Segundo a Polícia Militar, um fazendeiro foi ferido com uma flechada no braço, mas está estável. De acordo com a PM, ao menos outras sete pessoas ficaram feridas. *Ler mais.


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