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A TV Globo força a barra; faz a atriz ridicularizar o dialeto baiano

Por Wesley Faustino

Essa novela Renascer tá mais forçada que alguém tentando imitar o sotaque baiano depois de só um dia na Bahia. Juro, nunca na minha vida ouvi tanto alguém falando “e aí meu rei?” o tempo todo. Nem nos bares mais cheios de turistas gringos em Salvador, no Pelourinho, na Barra, na Ribeira ou em outros points!

Eu, que sou baiano de Ubatã, morei em Salvador por 43 bons anos, conheço cada cantinho dessa cidade de ponta a ponta e posso garantir que ninguém por aqui anda falando essa frase desse jeito exagerado.

Pior ainda é ver a atriz Giullia Buscacio Vieira se esforçando tanto pra ficar com um sotaque baiano que até dói os ouvidos. Coitada, ela é portuguesa, criada em países tão diferentes, a exemplo da Coreia do Sul, Hungria, Brasil e agora tem que virar baiana da noite pro dia na novela. A TV Globo não podia ter escalado uma atriz da terrinha pra evitar isso?

E na novela tem baianos, como o pastor Lívio, interpretado por Breno da Matta(filho do ubatense Agripino Rodrigues, Rodrigão), Evaldo Macarrão(Salvador), Fábio Lago (Ilhéus), Edvana Carvalho(Salvador), Ana Cecília Costa (Jequié) e Samantha Jones (Salvador). Nenhum deles falam daquele jeito que o autor empurrou na personagem de Sandra.

Será que o autor achou que já tinha muito baiano na novela que, sua maior parte, se passa no interior da Bahia, precisamente na região de Ilhéus, sul da Bahia? Custava colocar mais uma para interpretar a personagem de Sandra?

Poxa, gente, vamos dar uma chance pras artistas locais brilharem também. “Me faça uma garapa, meu rei”.

Artigo de Wesley Faustino. Historiador, ex-vice-prefeito de Ubatã, especialista em Gestão Pública e Gestão Ambiental(UNEB).


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