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Continuação Artigo Janilton

Em 15 de Janeiro de 1955 o Presidente João Café Filho inaugurou oficialmente esta Usina que desde dezembro de 1954 já fornecia energia elétrica para o Recife e a partir de 14/01/55, também para Salvador. Eram apenas 180 megawatts.

Com a entrada em operação das usinas no norte do estado, inicia-se um período de expansão dos aproveitamentos hidrelétricos em todo o país. No nordeste, principalmente pela abundância de recursos hídricos, a região passa a experimentar o início de um processo de desenvolvimento norteado pela oferta de energia elétrica a um custo relativamente baixo.

Assim, no começo dos anos 60, iniciavam-se as obras do aproveitamento de Funil, região que continha uma pequena queda de água e onde também conta-se que existia um povoado denominado Cristal, que segundo SANTOS (2007), ficou configurada como a primeira formação da comunidade do distrito hoje denominado CAMAMUZINHO.

De acordo com relatos, a população enfatizava o “poder” do nome Cristal, devido a cachoeira que atraía turistas. Também de acordo com SANTOS, o povoado na época chegou a contar com aproximadamente mil habitantes, no primeiro decênio do século XX (BRASIL, 2011).

A Usina de Funil, construída pela CERC (Centrais Elétricas do Rio das Contas), foi transferida para a COELBA (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) em 1968 e a partir de 10 de Janeiro de 1974 passou à responsabilidade da CHESF. As obras foram iniciadas em 1954 e o início da operação ocorreu em 1962.

Está instalada no rio de Contas, um dos cinco principais rios do Estado da Bahia, que nasce na vertente leste da Serra das Almas, na Chapada Diamantina e é um dos componentes da “Bacia do Leste”. Funil está posicionada a 122 km a jusante da Usina da Pedra, outra instalação da CHESF e é composta por três unidades geradoras capacitadas a gerar um total de 30.000 KW.

O sistema utilizado para disponibilizar a energia gerada é composto por uma subestação elevadora, com nove transformadores monofásicos de 4.800 kVA cada um, que elevam a tensão de um valor de 6.600 volts para 115.000 volts. A partir desse ponto é feita a conexão com o sistema de transmissão da CHESF através da Subestação de Funil II (localizada próxima à Usina), onde a tensão de 115.000 volts é elevada para 230.000 volts.

A partir dessa conexão, é possível distribuir a energia elétrica para as regiões sul e sudoeste do estado até as subestações da concessionária (COELBA), que para distribuir a energia aos consumidores primários, reduz essa tensão para 110 ou 220V.

REFERÊNCIAS:

SANTOS, Cristiane Batista da Silva. ESPAÇO NEGRO DE MEMÓRIA E ALTERIDADE NO CAMAMUZINHO – BA. Artigo desenvolvido como atividade do Mestrado Multidisciplinar em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional da UNEB, campus V – Santo Antonio de Jesus, BA, 2007.

BRASIL, Portal Corporativo da CHESF. Disponível em http://www.chesf.gov.br/portal/page/portal/chesf_portal/paginas/institucional/institucional_nossa_historia/conteiner_nossa_historia?p_name=8A2EEABD3B92D002E0430A803301D002. Acesso em 20/08/2011.


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