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A DIVISÃO DO ESTADO DA BAHIA: TERCEIRA PARTE

Por Clemilson Ribeiro

Quando é abordado o tema sobre a criação do Estado de Santa Cruz ou Bahia do Sul, uma das questões logo levantada é: que cidade seria a capital do novo Estado da Federação?

No texto do projeto de autoria do então deputado constituinte Fernando Gomes, reprovado em 1987, não apontava uma cidade em especial, mas como sugestão indicava, dentre outras, Vitória da Conquista, Jequié, Itabuna e Ilhéus e em um dos seus parágrafos dos artigos do texto da proposta estabelecia alguns requisitos relacionados ao conjunto de infra-estrutura indispensável para sediar a capital do novo Estado, dentre eles a localização geográfica que proporcionasse fácil acesso e, sobretudo em relação aos meios viários, rodovia, ferrovia, portos e aeroportos.

Há de ser observado que a região sul, extremo sul e sudoeste da Bahia mudaram muito nos últimos vinte anos, pela sua própria vocação para crescer e se desenvolver, à revelia dos governos estadual e federal. Vitória da Conquista é a maior, mais bem centralizada e talvez a mais bem organizada de todas, outras, no entanto emergiram, das quais, Teixeira de Freitas, Eunápolis e Porto Seguro, isso com o advento da produção de celulose e a exploração e do turismo, respectivamente; Itapetinga, Jequié, Barreiras e Guanabi, com a ampliação da pecuária, da industria e do cultivo de grão, algodão e cana de açúcar, etc., que poderia, qualquer delas se candidatar a ser a capital do novo Estado.

Embora no aspecto político padeça de representatividade e nomes de peso e de qualidade em seu quadro, o eixo Ilhéus/Itabuna se apresenta com certa vantagem, apesar de está localizado no litoral, distante, portanto do oeste. Ilhéus já possui um porto e um aeroporto e agora está prestes a receber um novo e mais estratégico aeroporto podendo ser internacional; um novo porto com maior capacidade de importação exportação, além de ser o destino da ferrovia oeste leste, ressaltando-se que fica a pouco mais de vinte quilômetros de Itabuna que é cortada pela BR 101, rodovia esta com várias ligações diretas com outra importante rodovia brasileira, a BR 116, dentre elas a BR 415 que liga Vitória da Conquista a Ilhéus, passando por Itapetinga, Itororó e Itabuna e a BR 330, que ligando Jequié a Ubaitaba, passando por Ipiaú e Ubatã e a BR 330 que liga Brasília a Maraú, apesar de não está totalmente concluída.

Itabuna desponta com um comercio e um setor de serviço pujante que juntamente com Ilhéus formaria uma metrópole só, já que a cada dia os investimentos imobiliários na área de comercio e educação encurtam a distancia das duas cidades.

Como diz o grande poeta e cantor mineiro Beto Guedes, “QUEM SONHOU SÓ VALE SE JÁ SONHOU DEMAIS”. Cada cidade destas mencionadas, dentre outras que me omitir não apenas tem o direito de sonhar, como propor o debate, argumentar e lutar para ser a capital do Estado de Santa Cruz, até porque, desde que aprovada através de Emenda Constitucional a União é obrigada a assegurar no seu Orçamento verba específica para a implantação da sede do Poder Executivo, do Poder Legislativo e de Judiciário, o que geraria um grande volume e vários tipos de empregos e aqueceria a economia da futura capital além de outras grandes obras de infra-estrutura seriam realizadas.

A título de sugestão, o CEPEX, sede da CEPLAC que fica no eixo Ilhéus Itabuna, por possuir uma grande área, ótimas instalações e uma boa infra-estrutura provisoriamente poderia emprestar alguns dos seus prédios.


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