Saiu pela culatra o ataque do deputado Aldo Rebelo (PC do B) à ex-senadora Marina Silva (PV-AC) . Na verdade, para ela o episódio representou um duplo benefício. Por um lado garantiu seu retorno aos holofotes no debate sobre o projeto do Código Florestal, tema que ela explorou bem na campanha do ano passado, da qual saiu em terceiro lugar, com 19,6 milhões de votos. Por outro, obrigou o PV, ainda que com certo atraso, a se unir em sua defesa, suspendendo temporariamente a disputa interna e o clima de hostilidade a que ela vinha sendo submetida. A situação da ex-senadora no partido é nebulosa, no mínimo.
Após semanas de pregação pelo Brasil, tentando mobilizar setores da militância verde em defesa da realização de convenções e eleições partidárias, ela não obteve até agora nenhum sinal da direção do PV de que suas reivindicações serão atendidas. Alguns de seus assessores mais próximos já não escondem o desânimo, ao mesmo tempo que circulam rumores de que a ex-senadora estaria se aproximado do PPS de Roberto Freire (PE).
Informações do Estadão