
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello deixou o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, na noite desta quinta-feira (1º), após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para cumprir pena em regime domiciliar. A decisão atendeu a um pedido da defesa, com parecer favorável do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A defesa alegou problemas de saúde como apneia do sono, doença de Parkinson, transtorno afetivo bipolar e idade avançada (75 anos). A partir de agora, Collor deverá usar tornozeleira eletrônica e só poderá receber visitas de seus advogados.
Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Collor foi sentenciado pelo STF em maio de 2023, em processo oriundo da Operação Lava Jato. Segundo a Corte, ele teria recebido R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, por meio de indicações políticas para a BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras, enquanto exercia influência como dirigente do PTB.
Em novembro do ano passado, o STF manteve a condenação após rejeitar recursos da defesa. Em 24 de abril deste ano, Alexandre de Moraes negou novo pedido de revisão e determinou a prisão imediata do ex-presidente, que agora, por motivos de saúde, seguirá o cumprimento da pena em casa. (G1)