
Vinte e duas pessoas, entre elas cinco policiais militares, foram presas nesta quarta-feira (9), na Região Metropolitana de Salvador, suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de rifas ilegais nas redes sociais. Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso movimentou R$ 680 milhões.
De acordo com apuração da TV Bahia, entre os presos está o influenciador digital Ramhon Dias, que tem 427 mil seguidores em uma das redes sociais. Ele foi preso na primeira fase da operação, em setembro de 2024, mas foi solto, com uso de tornozeleira eletrônica, um mês depois.
Ainda de acordo com a apuração da TV Bahia, o casal de “rifeiros” José Roberto Santos, mais conhecido como Nanam Premiações, e Gabriela Silva, que juntos somam mais de 250 mil seguidores nas redes sociais, também estão entre os presos.
Nanam Premiações e Gabriela Silva estavam em um condomínio de luxo, na Estrada do Coco, na Região Metropolitana de Salvador. O casal é apontado como chefe do esquema.
Nanam Premiações também já tinha sido preso na primeira fase da operação e foi solto pouco mais de um mês depois.
Além deles, outras duas pessoas, que não tiveram os nomes revelados, foram presas em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador, e Juazeiro, no norte do estado, exerciam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas.
Como funcionava o esquema
Segundo a Polícia Civil, com forte presença em Salvador e RMS, São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré, o grupo operava por meio de uma estrutura sofisticada de transações financeiras, usando empresas de fachada e pessoas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente.
De acordo com a polícia, policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas.
O grupo usava redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como veículos de luxo, e atraía um grande número de participantes. No entanto, os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, com o objetivo de legitimar o esquema e ampliar os lucros. (G1)