Um percentual de 61% de brasileiros afirmou ser contrário à liberação do aborto no país. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada nos últimos dias pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, e divulgada neste sábado (3).
De acordo com a pesquisa, outros 24% disseram ser favoráveis à liberação do aborto. Em janeiro de 2021, quando o instituto de pesquisa fez pela primeira vez essa pergunta aos seus entrevistados, o número de apoiadores da permissão do aborto era de 31%, e 58% afirmaram que eram contra o procedimento.
Os dados da pesquisa PoderData foram coletados de 27 a 29 de janeiro de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 229 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
O levantamento revela que a tese contrária à liberação do aborto recebe mais apoio de homens do que das mulheres. Um total de 64% de homens entrevistados disseram ser contra que o procedimento do aborto seja liberado, percentual que cai para 59% entre as mulheres. Favoráveis ao aborto foram 24% dos homens e 25% das mulheres entrevistadas.
Na estratificação por idade, o maior percentual de contrários ao aborto se encontra na faixa etária de pessoas com 60 anos ou mais (66% contra e 25% a favor). As pessoas com idades entre 45 e 59 anos se mostraram as que menos são contra o aborto (59%), mas o número de favoráveis (24%) é o mesmo das faixas etárias de 16 a 24 anos e 25 a 44.
Moradores de todas as regiões formam maioria contra a interrupção da gravidez, segundo a pesquisa PoderData. As maiores taxas estão no Sul e no Nordeste, ambas em 64%. As regiões com as menores taxas são Norte e Centro-Oeste: 55%. Na região Sudeste, contrários ao aborto são 61%.
Dentre os entrevistados que disseram aprovar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 55% são contrários a liberação do aborto e 33% apoiam. No estrato dos que desaprovam o governo, 16% são favoráveis e 68% disseram ser contra a interrupção da gravidez.
A legislação brasileira já permite a prática do aborto em três casos: gravidez decorrente de estupro; risco à vida da mulher; anencefalia do feto. (Bahia Notícias)