Coca, coquinha, refri. Gelada com ou sem limão. Aquele barulho borbulhante da latinha abrindo pode parecer irresistível até alguém parar e ler o rótulo. Está lá – em letras nada garrafais, a gente deve admitir – um monte de açúcar, cafeína, corante, aromatizante e extrato de mais alguma coisa. Gerações e mais gerações vão dizer que a Coca-Cola vai sempre ter o seu lugar na mesa do almoço de domingo, no lanche diário na cantina da escola ou seu espaço cativo na geladeira de casa com abastecimento garantido. Porém, é aí que mora o perigo, sobretudo, para os adolescentes.
Segundo um novo estudo publicado na última edição do International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), periódico da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), adolescentes brasileiros que consomem em média 450 ml de refrigerantes por dia (um pouco mais do que uma latinha) apresentam risco de desenvolverem doenças cardiovasculares. No artigo Association between Cardiovascular Risk in Adolescents and Daily Consumption of Soft Drinks: a Brazilian National Study (Associação entre Risco Cardiovascular em Adolescentes e Consumo Diário de Refrigerantes: um Estudo Nacional Brasileiro), a análise mostra que o alto consumo está associado ao risco de hipertensão, sobrepeso e obesidade em adolescentes com idades entre 12 e 17 anos. *Ler mais.