O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a liberação de 137 pessoas presas e denunciadas por participarem dos atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro. Nas decisões, proferidas em segredo de Justiça entre ontem (27) e hoje (28), Moraes considerou que as investigações não apontaram esse grupo de presos como financiadores ou executores principais dos ataques e da invasão às sedes dos três Poderes.
Os beneficiados, porém, terão que seguir uma série de medidas cautelares, como: uso de tornozeleira eletrônica; obrigação de apresentar-se à Justiça no estado de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras; proibição de sair do país; cancelamento de todos os passaportes; suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo; proibição de utilização de redes sociais; proibição de comunicar-se com os demais envolvidos.
Os investigados foram presos no dia 9 de janeiro e estavam no acampamento em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Segundo Moraes, a maioria dos acusados são réus primários e possuem filhos menores de idade e foram denunciados pelos crimes de incitação ao crime e associação criminosa. Os presos são de 14 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. (Uol)