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Março, mês dedicado à visibilidade feminina

Março é o mês da visibilidade feminina (Foto: Divulgação)

Por Jaqueline Queiroz – Psicóloga

No dia 8 março é comemorado dia internacional da mulher, a data ficou marcada a partir de 1975 quando a ONU juntamente com outras organizações internacionais oficializou a data a ser lembrada anualmente como dia internacional da mulher. Diferente das outras datas comemorativas, o dia internacional da mulher não foi criado pelo comércio, mas sim por lutas que marcaram a história da humanidade. No entanto, a luta pela busca da visibilidade feminina e por seu reconhecimento e valorização no mercado de trabalho e na sociedade se deu bem antes da data oficializada pela ON. Ainda no final do século XIX, grupos de mulheres começaram a se unir para ir às ruas protestar por melhores condições de trabalho, salários dignos e redução da carga horária.

Mas o marco dessa luta se deu de fato quando cerca de 130 mulheres morreram carbonizadas em uma fábrica de tecidos enquanto trabalhavam em Nova York ano de 1911. Segundo os historiadores e pesquisadores, tal brutalidade foi intencional devido às mulheres trabalhadoras não aceitarem as condições de trabalho que lhes eram impostas, além da forma como eram tratadas. De lá para cá muitas coisas vêm mudando no mundo feminino. Mesmo em passos lentos, as mulheres começaram a ganhar espaço a ganhar voz e vez desde sua presença no mercado de trabalho, nas grandes lideranças, como nas políticas públicas, nas organizações, como também sobre a sua consciência que seu corpo e suas vontades lhes pertencem não permitindo serem tratadas sem o seu devido valor.

A cada ano é notável a voz das mulheres ganhando presença se tornando vivas em nossa sociedade. Embora os números de injustiças contra as mulheres e os números do feminicídio no Brasil sejam dados alarmantes, não podemos esquecer que mesmo diante das dificuldades encontradas, as mulheres continuam avançando em busca de segurança, de justiça, igualdade de gênero e respeito. Atualmente temos grupos em várias regiões do Brasil que garantem a proteção e o resgate de mulheres reféns da violência, da marginalidade e da opressão, hoje temos comissões voltadas para as garantias de diretos das mulheres, órgãos estatais como CREAS que trabalha a violação de direitos, situação de riscos pessoais, violência intrafamiliar entre outros, temos a delegacia das mulheres que é porta de entrada de acolhimento e proteção às mulheres vítimas de violência. Enfim, mesmo a passos lentos as mulheres continuam avançando, dando visibilidade a sua voz dizendo não ao retrocesso, não aos abusos, não a sociedade machista, não a cultura do estupro, mostrando a toda a sociedade que mulher também é gente e merece ser respeitada.                 


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