O ditador Muammar Kadhafi “amaldiçoou” nesta terça-feira (22) os responsáveis pelos protestos de rua contra o seu governo, que paralisam o país desde 15 de fevereiro, e criticou os países “árabes e estrangeiros” que estariam tentando desestabilizar a Líbia.
Em um tom raivoso, gesticulando e apontando o dedo para o alto, ele disse que ainda é o “chefe da revolução” no país, que governa desde 1º de setembro de 1969 após um golpe de estado, e disse que deixar a Líbia “não está entre as suas opções” e que pretende morrer no país.
“Muammar Kadhafi é o líder da revolução, sinônimo de sacrifícios até o fim dos dias. Este é o meu país, de meus pais e antepassados”, disse
“Morrerei como um mártir na terra de meus ancestrais”, afirmou, em um longo discurso televisionado pela TV estatal, e aparentemente improvisado, feito possivelmente em frente a um prédio bombardeado por aviões norte-americanos no ataque de 1986.
O coronel, de 68 anos, culpou EUA e Reino Unido pela orquestração dos protestos, que já provocaram centenas de mortes no país, e disse que a Líbia já resistiu antes às investidas das potências e que resistiria novamente.
Fonte: G1